Comunicação
5 de março de 2015 - Institucional
Dialógo: Acime promoveu encontro entre caminhoneiros e lideranças da sociedade

Empresários, representantes de cooperativas e demais entidades, caminhoneiros e imprensa se reuniram na noite de ontem (04/03) no auditório da Associação Comercial de Medianeira (Acime) para dialogar sobre os problemas político-econômicos enfrentados pela população. A reunião foi conduzida pela presidente da Acime, Carlos Razente, que salientou “a preocupação de caminhoneiros e empresários é a mesma, existe um consenso de que a situação está difícil para todos”. Várias reinvindicações dos caminhoneiros, como pagar pedágio apenas por eixos que estão rodando na rodovia quando os caminhões estiverem vazios, perdão de multas por excesso de peso nos últimos 2 anos, tolerância no limite de peso das cargas passou de 5 para 10%, jornada de trabalho de 8 horas (com possibilidade de até 4 extraordinárias), entre outros, foram publicadas no Diário da União nesta terça-feira (03/03), na lei que ficou conhecida como “Lei dos Caminhoneiros”.
Os motoristas presentes na reunião informaram que a categoria concedeu uma trégua nos protestos e manifestações, pois aguardam a decisão do governo federal até o próximo dia 10 sobre duas reivindicações: a redução no preço do diesel e a criação de uma tabela de preço mínimo para o frete. No momento não há mais pontos de bloqueio nas rodovias federais e estaduais.
Situação Nacional
O diretor executivo da Frimesa, Elias José Zydek, apresentou o cenário atual do Brasil, com dados políticos e econômicos. Ao falar, no dia em que o dólar atingiu o recorde de R$3, superando valores do ano de 2004, Zydek declarou “estamos em um mesmo barco, se o barco afunda todos afundam”. O direto executivo da Frimesa também apresentou números como a taxa Selic (de juros), inflação, taxa de desemprego, dívida bruta e resultado nominal. Os índices apresentados por Zydek mostram um cenário preocupante, com falta de dinheiro para pagar as contas do governo, sendo necessário que a federação recorra a empréstimos bancários.
Segundo o dirigente, a sociedade precisa cobrar reformas dos políticos e se preparar para um período de recessão.
Vida na estrada
Um dos caminhoneiros presentes falou em nome do grupo, mas enfatizou que não possuem um único líder, não existe sindicato ou partido político que os represente. Ele contou um pouco como é a rotina desses motoristas que chegam a viajar 10 mil km em 10 dias, a falta de segurança que a categoria enfrenta e as péssimas condições de algumas rodovias brasileiras. Comentou também que a principal forma de transporte no Brasil hoje são as rodovias, se aumenta o custo do transporte aumentam todos os demais produtos.
“Eu quero meu Brasil livre”, afirmou o caminhoneiro ao mencionar que a sociedade precisa apoiar as revindicações para que o país não fique dividido, os interesses são comuns, e os caminhoneiros não se conformam com a forma que o atual governo tem conduzido o país.
Na mesma oportunidade foi divulgado o protesto, apartidário, que acontecerá a nível nacional no dia 15 de março, em Medianeira às 16h na praça Ângelo Darolt. O próprio caminhoneiro declarou que protestar vai muito além de postar piadinhas nas redes sociais ou celulares, a população está convidada para ir às ruas.