Comunicação
7 de julho de 2015 - Institucional
CONCESSÕES: Presidente da Lar classifica pedágio de “sócio indesejado”

Considerando que o alto valor das tarifas de pedágios no Paraná penaliza o setor produtivo paranaense e compromete a competitividade do agronegócio, o presidente da Cooperativa Agroindustrial Lar, Irineo Rodrigues, disse que o maior prejudicado é o produtor rural, “que receberá menos pela produção”, uma vez que o custo não poderá ser repassado ao mercado. “No final das contas, estoura no bolso do agricultor”, analisa.
Impacto – Sediada em Medianeira, no extremo-oeste paranaense, a Lar fica cerca de 700 quilômetros distante do Porto de Paranaguá. Por isso, é uma das cooperativas que mais sofrem o efeito do pedágio no transporte da produção. Rodrigues lembra que estudo da Ocepar demonstra que, por exemplo, o impacto desta tarifa no custo de produção do milho é de 7,4%, no trajeto Cascavel até Paranaguá. O total desembolsado nas praças de pedágio pelo transporte nesse trecho equivale a 28 sacas do cereal.
Sócio indesejado – “O pedágio é um sócio indesejado, pois, apesar de o maior trecho das estradas não ser duplicado, tem um custo absurdamente alto em relação a outros do país. Cobram alto e não entregam os serviços, que seriam a contrapartida”, diz. Ele ilustra a situação ao citar o caso do calcário que, da região de Curitiba até Medianeira, tem elevação de 30% no custo por causa do pedágio. “Isso onera muito a produção primária, que tem lucratividade em torno de 5% ao ano”, acentua.
Contra a renovação dos contratos – Em hipótese alguma, os atuais contratos do pedágio devem ser prorrogados, na avaliação do presidente da Lar. “Temos de suportar até o final dos atuais contratos, exigindo o cumprimento das contrapartidas das empresas, e fazer novas concessões a partir daí, com custos menores e serviços melhores para os usuários”, diz Rodrigues.
Mudança – Concordando com a análise do presidente da Cooperativa Lar, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, acrescenta que “a diretoria da Ocepar é contra a renovação dos contratos, porque isso significará automaticamente a manutenção das atuais cláusulas, ou seja, justamente o que queremos mudar para termos uma tarifa menor e compatível com os valores cobrados nas novas concessões realizadas no país”.
Fonte: Paraná Cooperativo